O mundo inteiro está focado em como destravar os gargalos das cadeias de logística, seja por conta da disrupção da pandemia, das pressões na demanda por bens e insumos, da ineficiência nos portos e das operações nas principais empresas importadoras.
Não obstante os trabalhos de EDI (Electronic Data Interchange), Blockchain, aumento na oferta de tonelagem marítima, navios e terminais mais rápidos (e menos poluentes), dentre outros, podemos afirmar que a última ideia realmente revolucionária no setor, data da segunda metade do século XX, com a utilização comercial do container.
Esta ideia – concebida pelo americano Malcom McLean – veio a diminuir o custo de transporte, a eliminar as movimentações repetidas de cargas “soltas”, trouxe maior segurança contra faltas e avarias e redução no custo de estoque nas empresas, por conta do menor tempo de trânsito nos transportes.
Nascia a máxima de que “Navio só faz dinheiro quando está no mar”.
Em 1956 a maior parte da carga “solta” embarcada ou descarregada custava cerca de US$5.86/MT, enquanto que a containerizada alcançou US$0.16/MT.
Em 1957 McLean lançava o primeiro navio containero “Gateway City” e a empresa “Pan-Atlantic Steamship Corporation”, passou a ser conhecida a partir de 1960 como Sea-Land Inc. com a qual tive contato profissional de 1988 a 1993.
Hoje a empresa faz parte do grupo Maersk desde 1999, a gigante no transporte marítimo mundial.