O fato de existirem atualmente cerca de US$22 bilhões em valor de mercadorias, a bordo de navios ao largo na California e prateleiras vazias “às vésperas” das festas de fim de ano, têm assustado mais o americano, do que a inflação que insiste em se impor na economia.
Jerome Powell, chairman do FED, já comentou que a inflação de setembro foi de 0,4% o que resulta em inflação anual de 4,8%. No Brasil, a previsão de inflação para 2021 (IPCA) para este ano, é de 8,59% e as estimativas para 2022, 2023 e 2024 são de 4,17% 3,25% e 3,00% respectivamente. A previsão para a taxa de câmbio, com base na mesma fonte – Boletim FOCUS – traz projeções de fechamento em 2021 de R$5,25 e o mesmo valor de R$5,25 em 2022, R$5,10 em 2023 e 5,08 em 2024.
De acordo com o FED, não existe atualmente base para aumento das taxas de juros no mercado americano para segurar a inflação, pois estão com 5 milhões de empregos a menos hoje, do que antes da pandemia, entendendo, assim como no Brasil, que a inflação diluirá, à medida que as pressões da pandemia se dissolvam.
O fato da inflação nos Estados Unidos estar acima do objetivo de 2% deverá ser suportado, até que se atinja o pleno emprego, não obstante a tensão entre o pleno emprego e a estabilidade de preços, o que se intensificou com a crise do supply chain. A principal mensagem do chairman, por enquanto, é que o FED “enxergará para além da inflação”, dando um tempo, para que a economia se recupere das distorções de abastecimento.